Era quase meia-noite quando Bianca entrou no bar do hotel, em busca de silêncio. O ambiente era elegante, acolhedor, com um jazz suave preenchendo o ar. Ela pediu um drink e se acomodou no balcão, perdida em seus próprios pensamentos.

Foi então que ele apareceu. Alto, camisa social aberta no peito, olhar curioso.

— Posso sentar? — perguntou ele.

Ela apenas assentiu. O desconhecido sorriu de canto, como se já soubesse algo sobre ela que ela mesma não sabia.

— Parece que teve uma noite longa — comentou.
— Incrivelmente longa — respondeu ela, tomando um gole da bebida.

Ele inclinou o corpo para mais perto, o perfume quente envolvendo-a.
— Então deixa eu torná-la mais interessante.

O que começou como conversa leve se transformou em olhares profundos, toques discretos nas mãos, sorrisos carregados de intenção. A tensão era tão palpável que até o barman percebeu.

— Quer continuar essa conversa num lugar mais… reservado? — ele sugeriu.

Bianca sentiu o coração acelerar, mas não hesitou.
— Quero.

 

Quando se levantaram, ele segurou sua mão. O simples toque acendeu um arrepio que percorreu seu corpo inteiro. A promessa estava no ar: a noite realmente acabaria diferente.